discurso do filho-da-puta o pequeno filho-da-puta é sempre um pequeno filho-da-puta; mas não há filho-da-puta, por pequeno que seja, que não tenha a sua própria grandeza, diz o pequeno filho-da-puta. no entanto, há filhos-da-puta que nascem grandes e filhos-da-puta que nascem pequenos, diz o pequeno filho-da-puta. de resto, os filhos-da-puta não se medem aos palmos, diz ainda o pequeno filho-da-puta. o pequeno filho-da-puta tem uma pequena visão das coisas e mostra em tudo quanto faz e diz que é mesmo o pequeno filho-da-puta. no entanto, o pequeno filho-da-puta tem orgulho em ser o pequeno filho-da-puta. todos os grandes filhos-da-puta são reproduções em ponto grande do pequeno filho-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta. dentro do pequeno filho-da-puta estão em ideia todos os grandes filhos-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta. tudo o que é mau para o pequeno é mau para o grande filho-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta. o pequeno filho-da-puta foi concebido pelo pequeno senhor à sua imagem e semelhança, diz o pequeno filho-da-puta. é o pequeno filho-da-puta que dá ao grande tudo aquilo de que ele precisa para ser o grande filho-da-puta, diz o pequeno filho-da-puta. de resto, o pequeno filho-da-puta vê com bons olhos o engrandecimento do grande filho-da-puta: o pequeno filho-da-puta o pequeno senhor Sujeito Serviçal Simples Sobejo ou seja, o pequeno filho-da-puta. Alberto Pimenta